Quando tudo começou, bem no início da pandemia, imaginávamos que iria durar pouco tempo, ou talvez, tempo suficiente para que, quando tudo supostamente voltasse ao normal, estivéssemos todos de volta ao nosso convívio habitual, e realizando toda a nossa rotina com pouquíssimas alterações.
Mas, o fato é que o tempo de quarentena se estendeu, será que agora se chama “mesentena”?! Na realidade, já se passaram 8 meses e alguns dias, desde que tudo de repente parou, ou mudou.
E nós queremos saber: como você está? Quais são os sentimentos que mais estiveram presentes no seu cotidiano? E por falar em sentimentos, onde é que eles moram? Sabemos que eles ficam dentro da gente, mas você sabe que lugar é esse? Um lugar capaz de abrigar o medo, alegria, tristeza, raiva, saudade... será que eles moram todos juntos, ou ficam em lugares diferentes? E o que será que nos faz vivenciar esses sentimentos? Será que é algo que vemos que desencadeia o medo como, por exemplo, quando me deparo com uma barata? Ou quando a mamãe me diz que não posso mais continuar assistindo ao meu desenho favorito?
Sabemos o quanto é importante tratarmos com muita atenção os nossos sentimentos, mesmo quando eles não são compreendidos através das nossas reações, e as vezes nem sabemos nomeá-los ao certo, pensando nisso, nós havíamos proposto, bem no início das primeiras publicações aqui no nosso blog, que as famílias criassem um “Emocionário”, com diferentes sugestões de criação e abordagens, para que pudessem proporcionar momentos de reflexão e diálogo, acerca desses sentimentos.
Agora queremos saber de você, adulto, que lê esta mensagem para a sua criança, como foi para você esse período? Como você tem notado diferenças no humor de cada membro da sua casa?
Essa semana as nossas interações serão intensas, recheadas de alegrias, com doses de criatividade e muita animação.
Na cultura africana, a música e a dança tem uma função muito importante de transmitir histórias de geração em geração, além de ser usada para cantar e dançar.
As danças africanas geralmente têm ritmo rápido, o que permite diferentes movimentos. São acompanhadas de instrumentos de percussão, aqueles que batemos e agitamos para produzir o som.
Os tambores são os principais instrumentos musicais africanos. Existem nos mais variados formatos, tamanhos e com as mais diversas formas de decoração.
Além de serem usados nas festas, os tambores eram uma forma de comunicação entre grupos que estavam distantes uns dos outros. Funcionavam como “telefone”, para mandar uma mensagem.
Nesta semana o professor Vitor sugeriu para a sua turma que construísse um com objetos encontrados em casa.
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Será que somos todos iguais? Sim, somos todos humanos. Mas, quando olho para a cor que adorna as nossas peles noto que não somos iguais. Verdade, temos inúmeras cores, mas o fato é que nenhuma cor se sobressai à outra, cada pessoa é especial. Por isso, a visita que fizemos essa semana pela África para aprendermos um pouco mais sobre esse continente é tão marcante, mas que também foi marcado pela trajetória do seu povo que tem como ponto mais evidente a escravidão. Exato, a escravidão marca um povo, um país e toda a sua história.
Mas, será que de fato a escravidão foi cessada em 13/05/1888? É fácil acharmos a resposta:
“- Não, o meu cabelo não é ruim, ele só é Crespo; - O seu cabelo não é bom, ele é Liso; - Não, eu não sou um macaco, sou Negro ou Negra; Não eu não sou suja, a minha pele Preta não reflete as minhas atitudes, Não, eu não sou neguitinha, negona, negão, fuminho; eu tenho um Nome.” Aliás, é o meu nome que me define, que me traz a ideia de singularidade, não é a minha cor da pele, a raiz do meu cabelo fechadinho e que tenta de alguma forma se expressar e cresce, às vezes, para cima, tudo isso não me limita.” Mas com os dizeres deste parágrafo, fica fácil responder que a escravidão não se esvaiu com o decreto de Fim.
Ainda hoje, em nosso país, muitas pessoas continuam presas nas “senzalas” da desigualdade social; ainda hoje o povo negro traz cicatrizes, que constantemente são cutucadas com a falta de oportunidades e de visibilidade. Ainda hoje, alguns negros são açoitados, não com as mesmas varas da época do Brasil colonial, mas com a vara chamada preconceito, a qual dói tanto quanto a outra, talvez a diferença é que não vejamos as fraturas expostas, mas ainda hoje precisamos gritar para o mundo ouvir “libertem os negros". Por isso, a professora Ariane trouxe a tona a proposta da auto estima e que pode ser evidenciada através do cabelo crespo, valorizado com as suas formas exuberantes. Na história o Meu crespo é de Rainha, a turma foi motivada a refletir sobre a profundidade que traz a raiz de um negro. A professora ainda conversou com as famílias, para motivar essa visão, de que classificamos objetos e não pessoas. Viva todos os povos !!!
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Nesta semana, a professora Carol propôs um desafio à sua turma, quem são as princesas das imagens?
A ideia é refletirmos um pouco sobre a questão da REPRESENTATIVIDADE negra. Infelizmente, a história da escravidão e tratada de forma superficial e não destaca o impacto dela na vida da população negra hoje. O que aponta para um branqueamento da população negra a fim de que se encaixem no ideal branco, de cabelos lisos e de nariz fino, por exemplo.
Por isso, a representatividade se faz importante na construção da IDENTIDADE negra. E, quando pensamos nos efeitos dessa invisibilidade na infância, podemos citar os contos de fadas ou heróis e heroínas.
Quantos são os príncipes, princesas, super-heróis e heroínas negros(as) que vocês conhecem?
Quantas bonecas(os) negras(os) encontramos nas vitrines das lojas?
Discutir e apresentar a representatividade significa contribuir para a construção de uma identidade forte com instrumentos para enfrentar o racismo.
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Grande parte das imagens que trazem representações de pessoas, é de crianças e adultos brancos, poucas são as imagens de negros. Em um ambiente onde se vê crianças negras, procurando se retratar, pintando-se com o “lápis cor de pele” (como foi convencionado pelas crianças e vários adultos o ocre ou o rosa esmaecido) se faz necessário trabalhar a cultura africana e sua importância na formação da sociedade, de modo a possibilitar às crianças negras um sentimento de pertencimento para que assim se orgulhem da sua cor, da sua origem e construam uma autoimagem positiva. Foi nesse contexto que o tema foi abordado pela professora Noemi. Porque quando a criança tem conhecimento e autoestima, ela é capaz de confrontar ideias tanto positivas condizentes com a valorização da diversidade racial quanto negativa combatendo o preconceito e a discriminação.
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Nessa semana a professora Rosmeire trabalhou com o livro “Menina bonita do laço de fita”, que conta a história de um coelhinho branco que faz tudo para mudar de cor e se apaixona por uma menina negra, pois queria ficar igual a ela.
Essa história mostra que temos uma identidade, somos todos diferentes e únicos, e isso torna cada um de nós especial e a cor da pele vem de suas descendências familiares e o que importa é a essência de cada pessoa.
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Nessa semana abordamos o tema Africanidades buscando resgatar e valorizar a cultura e tradição africana, que tanto influenciou na formação da população brasileira e nas nossas práticas culturais. Conversamos sobre a história das populações africanas, entendemos que a África é um continente imenso formado por 54 países que vieram de diferentes tribos. Também descobrimos que a chega dos negros no Brasil foi um processo doloroso e injusto, pois eles foram retirados de suas terras a força e obrigados a ficar no Brasil como escravos. Mas, apesar dessa chegada triste, os povos africanos trouxeram na bagagem sua riqueza cultural, sua música, suas lendas e tradições que amenizaram a saudade da terra natal e ajudaram na construção da identidade do Brasil.
Para conhecer um pouco mais sobre essa população indicamos para as crianças um vídeo que conta uma lenda, da boneca ABAYOMI, e traz instruções de como fazer sua própria boneca.
As palavras que usamos, além de servirem para comunicação, fazem parte da identidade de um povo. Servem como um ponto em comum entre as pessoas de um grupo.
As palavras que nós utilizamos no Brasil mostram muito sobre como nosso povo foi formado. Podemos ver isso, por exemplo, na quantidade de palavras de origem indígena que falamos diariamente.
Nesta semana, após apresentar a leitura do livro “O Tupi que Você Fala”, e a música “TuTuTu - Tupi”,o professor Vitor solicitou que as crianças da Turma do Urso enviassem fotos ou imagens de objetos, alimentos ou lugares cujo nome tem origem indígena.
O professor Vitor e sua pipoca.
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Prestem atenção neste fato que aconteceu recentemente (Episódio 1): ”Era uma tarde ensolarada, me programei para ir ao shopping, chegando lá, fui até a praça de alimentação: ponto marcado para encontrar meus amigos, quando me deparo com vários índios sentados em uma mesa comendo um lanche…”
(Episódio 2) “Fui na reunião de pais da escola dos meus filhos que ainda são crianças, e encontrei vários pais dos seus amiguinhos, os quais eram índios e começamos a conversar ...”
(Episódio 3) “Fazia tanto tempo que eu não ia ao cinema, marquei então com os meus primos e chegando lá, na fila para comprar ingressos, bem na nossa frente, havia um grupo de índios .”
Agora, pare e reflita, algum desses episódios já aconteceu com você? Talvez a sua primeira resposta seja não, por não ter se deparado com ninguém usando cocar, pinturas e outros adereços de alguma tribo indígena. Mas, será que, de fato, nós não encontramos com os índios nas grandes cidades? Ou, se quisermos encontrá-los devemos nos embrenhar floresta adentro?
Trouxemos à tona esta reflexão sobre o local onde moram os índios, e descobrimos que eles não estão sempre de cocar, e correndo atrás de algum animal para ser caçado. Existem índios muito mais próximos de nós do que imaginamos, o fato é que eles não estão caracterizados como um personagem para que possamos diferenciá-los.
Conhecer a cultura indígena, bem como eles vivem nos dias atuais, os hábitos novos que foram introduzidos como o acesso às tecnologias, à educação, vestimentas, dentre tantos outros aspectos que às vezes não notamos, justamente porque não conhecemos, ou porque haviam sido apresentados a nós de uma forma mais limitada.
No vídeo do Ticolicos, eles nos explicam porque existem poucos índios nas cidades. E, no vídeo da Fafá Conta conheceremos uma história da Pescaria do Curumim, com uma linguagem recheada de poesia.
E você tem algum parente próximo que seja índio? Já teve a oportunidade de conhecer pessoalmente alguma tribo? Ou, usa alguma receita indígena no seu cotidiano? Deixe seu comentário no nosso blog.
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Nosso país tem uma grande diversidade cultural! Os principais disseminadores da cultura brasileira foram os colonizadores europeus, os escravos e os INDÍGENAS. Como o professor Vitor mostrou temos muitas palavras de origem indígena.
Além disso, podemos não saber a origem, mas algumas brincadeiras que fazemos também vieram dos indígenas. E foi isso que a professora Carol apresentou às crianças. Sugeriu à turma 2 propostas de brincadeiras indígenas: ARRANCA MANDIOCA (lembrando que, nesse momento, a brincadeira deve ser feita com a família que mora na sua casa) E PETECA.
A brincadeira de peteca pelo Brasil e pelos indígenas!
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No começo do ano trabalhamos modelagem com argila, e essa arte foi e é bastante trabalhada pelos povos indígenas de forma bastante criativa.
Que tal uma visita virtual ao museu do índio para contemplarmos um pouquinho dessa arte?
Podemos também nos inspirar nesta arte para modelar diversos animais ou utensílios. Que tal ?
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Os indígenas sempre foram presentes e importantes na formação do nosso país. O que faz do indígena ser indígena é sua tradição, sua cultura e sua espiritualidade e com isso vem também a diversidade, pois cada povo têm suas peculiaridades.
A ideia de que um indígena o deixa de ser por morar na cidade, e assim “civiliza-se”, é extremamente preconceituosa. Indígena é indígena em qualquer lugar, inclusive interagindo cultural e tecnologicamente com os demais povos.
Pensar o indígena em contexto urbano é atuar contra estereótipos, afinal não foi a aldeia que chegou na cidade, mas a cidade que chegou na aldeia.
O tema foi apresentado pela professora Noemi a partir da ótica dos próprios indígenas.
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Nessa semana, a professora Iara estava preparada para apresentar várias características da cultura indígena para as crianças, mas foi surpreendida, pois quem aprendeu foi ela!
Algumas crianças da turma são de famílias indígenas e deram uma aula de conhecimento e cultura. A discussão foi riquíssima e aprendemos muito. Por exemplo: vocês sabiam que a mandioca é um ingrediente muito usado na culinária indígena?
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Nessa semana, a Professora Flávia apresentou um pouco da cultura indígena através de leituras.
Também dá pra fazer um desenho de uma paisagem da cidade natal dessas pessoas!
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Cada região traz consigo um pouco de história, e com certeza ela ajuda a formar a história de cada pessoa, pois trazemos na bagagem da vida um pouquinho do lugar de onde viemos. É comum alguém que nasceu no nordeste e que tenha se mudado para a região sudeste, por exemplo, mesmo após longos anos no novo local, ainda manter na fala o “sotaque arrastado”. Mas, o contrário também é verdade!!
Assim como a região em que nascemos ou vivemos nos marca, ela também define algo muito importante nas nossas vidas: nosso lazer.
Já ouviram dizer que a praia de campineiro é o shopping? E será que as pessoas que moram em regiões de florestas, ou cidades litorâneas, ou na roça costumam fazer e frequentar os mesmos lugares nos fins de semana? Ao provocar essa reflexão nas crianças e nos adultos, a professora Ariane, sugeriu que cada família reproduzisse através de um desenho de autoria da criança, o lugar preferido da nossa cidade de Campinas, pelo qual gostam de passear juntos.
Na sua opinião, qual será um dos pontos turísticos mais visitados pelos moradores da cidade? E sem colocar legenda nas fotos, vocês reconhecem pelas imagens, quais são os principais parques visitados na nossa cidade? Deixe seu palpite aqui no nosso blog!!!
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Cada um de nós é composto de várias histórias: dos nossos pais, dos avós, bisavós e todos os nossos ancestrais. E essas histórias são formadas pelos costumes, cultura dos lugares de onde cada um nós veio. Isso garante nossa diversidade como população, garante a riqueza da nossa cultura!
Foi pensando nisso que a professora Carol propôs à sua turma a confecção da árvore genealógica de sua família, a fim de que pudéssemos conhecer um pouco da composição de nosso grupo, suas brincadeiras, músicas, danças, comidas regionais, dentre outras.
E vocês, de onde são? Como é a árvore de sua família
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Nesta semana, em continuidade ao tema “identidade”, a professora Érica sugeriu a produção de um autorretrato pelas crianças. Pediu para que as famílias dessem um espelho para a criança e se desenhassem a partir da imagem que viam.
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A professora Noemi trabalhou o tema apresentando, para o agrupamento, a diversidade cultural das cinco regiões brasileira. Destacando seus costumes, crenças, modo de ser e viver, visando a valorização e o respeito às suas manifestações.
A proposta de atividade foi uma conversa com pais e avós para descobrir em qual região nasceram para inserir na árvore genealógica feita na semana passada. Sugeriu também pesquisar uma curiosidade sobre o lugar e o que encontram de semelhança e diferença aqui na nossa região.
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Durante a semana a professora Iara conversou com as crianças sobre a origem de suas famílias, buscando identificar de quais regiões do Brasil elas vieram e quais características trouxeram dessas regiões. Percebemos que cada cantinho do país tem uma paisagem, cultura e costumes próprios e fomos conhecer melhor as brincadeiras típicas de cada local, através do site “mapa do brincar”.
A proposta de atividade dessa semana da profª Flávia foi recortar, em revistas diversas imagens de olhos, boca, nariz, cabelo de pessoas diferentes com a ajuda de um adulto.
Depois, em uma folha em branco fazer o formato de um rosto e colar as figuras recortadas, formando diferentes rostos...
